quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Como anda seu bolso?

                                                               
     Há um tempo atrás eu e Carlinhos fizemos um curso muito bom sobre liberdade financeira, que nos mostrou como viver de forma equilibrada e sem dívidas. Confesso que dívidas não chegam a ser um problema em nossas vidas, até porque não temos uma renda fixa e nos acostumamos a viver com pouco. Mas fizemos esse curso com a intenção de aprender e aplicar isso ao nosso casamento quando este chegasse, pois compreendemos que a questão financeira é um dos grandes males da sociedade e em especial no nosso país, onde o endividamento, empréstimos e compras a crédito são uma crescente, tornando inúmeras pessoas  escravas do dinheiro, mal este tão alertado nas Sagradas Escrituras.
     As lições que aprendemos foram maravilhosas, mas para falar a verdade, nunca tínhamos aplicado na prática os princípios que aprendemos. Entrava mês e saía mês e o dinheiro parecia estar sempre a conta e não entendíamos o porquê. Foi então que resolvi ler um pouco mais sobre o assunto, aprender algumas lições e tentar identificar o que poderia ser melhorado. 
     Assim, peguei um livro emprestado sobre finanças e aprendi algumas lições preciosas que melhoraram consideravelmente a nossa vida financeira e quero compartilhar com vocês.
     O primeiro passo é anotar todos os gastos em uma caderneta, até aqueles que você julga mais bobos, como o pagamento de um estacionamento, a compra de uma pipoca, ou de doces. Não pule este passo, pois ele é muito importante e vai revelar a você por onde o dinheiro está escorrendo. Confesso a vocês que quando vi a soma das “bobagens” que gastamos em um único mês fiquei de queixo caído e com raiva de mim mesma! Você pode pensar que é besteira, mas definitivamente não é! Se você somar dois reais aqui, cinco ali e por aí vai, você verá quanto dinheiro foi desperdiçado no fim do mês!
     Não estou dizendo para você ser paranóico e ficar fazendo isso todos os dias do ano, absolutamente não, mas nos primeiros meses não deixe de fazer, e faça até que seus hábitos sejam mudados. Também não digo para você se privar de fazer coisas que gosta, também não, mas digo apenas para você se organizar, ser um consumidor consciente e só ir até onde você tem condições de ir.
     Analise o valor das coisas, não compre coisas caras demais, não se compare com as pessoas querendo sempre atingir o padrão delas, isso tudo é só vaidade! Seja grato por tudo que você tem todos os dias!
     Um outro passo que tomamos logo a seguir foi abolir cartões de crédito, de lojas, etc. Sim, ABOLIR! A facilidade de crédito realmente é enorme no nosso país e até bom em algumas situações como no caso da compra de uma casa própria, de um carro, na abertura de uma empresa. Entenda, não estou condenando o uso do crédito, até porque às vezes é necessário, como nos motivos que citei acima. Mas ele é fundamental na aquisição de bens duráveis e não de supérfluos. Usar o crédito para ficar comprando roupa, calçados, produtos de beleza realmente é desnecessário! Não estou dizendo que você não deva ter essas coisas...absolutamente não, mas digo que melhor é juntar para comprar a vista, do que acumular gastos e gastos que mais tarde se tornarão uma bola de neve e lhe escravizarão!
     O terceiro passo que adotamos foi usar mensalmente o sistema 80-10-10. Em outras palavras, 10% é o nosso dízimo, 10% separamos para economias e poupança, pois é fundamental poupar, afinal de contas nunca sabemos quando precisaremos, e 80% para cobrir nossas despesas mensais, e aqui também incluímos nossos momentos de lazer.
     Se você experimentar usar essa fórmula e ainda assim não conseguir honrar seus compromissos, há um grande problema! O problema não está no tamanho do seu salário, você está vivendo um padrão acima do que você pode e se deixou dominar pelo dinheiro! Isso significa um sinal de alerta de que você precisa organizar-se, reduzir suas dívidas e viver de forma equilibrada, de modo tal que ao deitar a cabeça no travesseiro você não fique pensando no que tem de pagar!
     Deixo um conselho importante: se você não consegue sair dessa bola de neve sozinho, procure ajuda, não em mais um empréstimo, mas ajuda para se organizar e ir diminuindo gradativamente suas dívidas, mas não negligencie algo que pode afetar sua saúde emocional, espiritual e física.
     Você deve e pode sonhar em fazer aquela viagem, em comprar algo que você quer, mas você deve fazer isso de maneira responsável, organizando-se para isso, poupando para aquela finalidade, faça uma caixinha se preciso, e não adquirindo dívidas e uma bela de uma dor de cabeça no final do mês quando a fatura chega, porque pode demorar, mas ela chega! É melhor poupar e ganhar 0,05% ao mês em cima do que você tem, do que pagar até 12% ao mês de juros não é mesmo? Por fim, quero lhe encorajar a praticar, a ser um consumidor consciente, a ser  livre!

     E que Deus nos abençoe!

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